segunda-feira, 30 de março de 2009

Não há felicidade sem sofrimento?




Desde pequenas somos ensinadas a acreditar no amor eterno e em princípes encantados, nos ensinam que para obter o final feliz precisamos enfrentar bruxas e tantos outros tipos de obstáculos, quando crescemos mais um pouco e deixamos de acreditar em contos de fada, nos ensinam que homens não prestam e que não devemos acreditar em tudo que ouvimos. Obrigada pelos conselhos, mas a melhor forma de se aprender sobre a vida e suas desilusões é vivendo. Será mesmo que não podemos conhecer uma boa pessoa e ser feliz? Será que deve existir sempre os tais obstáculos? Por que não simplificamos tudo finalmente? A complicação é quase sempre a opção escolhida, gostamos do caminho mais difícil, fomos treinadas para ser assim. Vemos que quando falta os tais obstáculos, fazemos questão de inventá-los e colocar no meio da história só para apimentar ou estragar tudo de vez, desnecessariamente. Pessoas perfeitas não existem, relacionamentos perfeitos também não, nada dura pra sempre, mas talvez as coisas realmente estejam mais difíceis, talvez porque os laços estão mais fáceis de serem desfeitos. Não quebramos coisas, não discutimos, não brigamos, simplesmente terminamos, desfazemos os laços e partimos para uma nova ilusão. A ilusão de que da próxima vez dará certo, apostamos e criamos expectativas aí quando resolvemos enxergar as pessoas como elas são nos sentimos decepcionados. Parece até que fazemos questão de nos decepcionar, gostamos da ilusão de achar que teremos uma pessoa para todos os momentos, que tudo sempre gostoso e que vai durar para sempre, entretanto muitas vezes nós mesmos não estamos dispostos a estar sempre ao lado de alguém, segurando a mão e ajudando a levantar, ao invés disso nos distraímos com a primeira pessoa interessante que aparece, temos medo do arrependimento, pavor de deixar uma oportunidade passar, mas quem foi que disse que é uma boa oportunidade? Não é melhor continuar de mãos dadas em tantos altos e baixos? Machucamos e logo em seguida nos arrependemos por ter vacilado e caímos novamente nos lamentos de uma vida solitária. Ao invés de simplifcar tudo e simplesmente viver dia após dia, vestimos armaduras e vivemos a tão invejada vida de solteiro.

Um comentário:

  1. eu tô pasma, besta, bege!!!
    Esse suicídio emocional constante... temos tudo pra viver uma história bonita e tranquila, criamos nossos monstros e somos devorados por eles, estragamos, matamos, renascemos e nos matamos de novo...
    Porque matar o que há de belo na vida, ainda que sejamos educadas para a insegurança constante, é matar a nós mesmas... matar o belo é matar a divindade que há em nós.
    Ser forte, definitivamente, não é racionalizar e evitar a felicidade por mete depois ser infeliz.... ser forte é encarar TODAS as possibilidades, encarar sem vacilos, levantar se tropeçar e saber que quem tropeçou tb tem direito a ser perdoado e se reerguer, ainda que seu caminho seja pro lado oposto à nossa estrada!

    VC ME ENCANTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

    amei amei amei

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